Face ao contexto económico do país perspectiva-se o adiamento da construção da III TT. É natural, há prioridades macro-económicas. Para nós barreirenses esse adiamento é bom, pois dar-nos-à tempo para arrumar a casa.
Aliás eu sempre defendi que o Barreiro beneficiaria em adaptar-se primeiro à existência de uma ponte rodo-ferroviária para o Seixal e só depois afoitar-se a pegar de caras esse touro bravo que é a III TT.
Para se vislumbrar os impactos socais da III TT no Barreiro, basta ter como exemplo o abaixo assinado entregue à Senhora Ministra da Saúde, denunciando a inexistência de equipamentos sociais para idosos na Freguesia do Alto Seixalinho e pedindo um novo Centro de Saúde para a Freguesia com 22 000 habitantes.
É preciso estar preparado e ter capacidade empresarial para retirar vantagens económicas da III TT, mas quem pagará os impactos sociais, a especulação imobiliária, o peso rodoviário... são os barreirenses. Estão eles preparados e dispostos a pagá-los? Como vamos organizar-mo-nos para aproveitar essa oportunidade de desenvolvimento? Espero que sejam os jovens barreirenses, a preparar e a empreender esse futuro já próximo. Mas para isso é preciso coragem em assumir o papel de cidadão participativo e, se necessário, de político.
Procuro reflectir sobre os temas da actualidade, divulgar a cultura, a ciência, a arte portuguesa, e o mais que vos aprouver partilhar ou politizar, sob as divisas: nomear é conhecer, e "o país não precisa de quem diga o que está errado; precisa de quem saiba o que está certo" (Agustina Bessa Luís). Da minha língua vê-se o mar (Vergílio Ferreira). Espero pela vossa perspectiva para o que falta ser e fazer, pois o que os nossos egrégios avós foram e fizeram, feito está. Ant.º Nunes.
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